Luís Montenegro, a ascensão e queda do aparelho do PSD
Montenegro fez do pragmatismo estratégia e do vazio ideológico programa. Funcionou um ano. O Governo caiu por não ter percebido que gerir suspeitas éticas requer mais do que assobiar para as árvores.
Na noite de 19 de Fevereiro de 2024, uma manifestação ilegal e ruidosa de mais de 300 polícias em frente ao Capitólio, em Lisboa, ameaçava estragar o debate mais aguardado dos últimos anos. Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos não descolavam nas sondagens e a operação mediática montada para o confronto “decisivo” era perturbada pelo protesto. O que se passava na rua foi naturalmente o tema da primeira pergunta e Luís Montenegro sintetizou na sua resposta o seu programa e a sua persona política. Se Pedro Nuno Santos reagiu dizendo que “não se negoceia sob coacção”, Montenegro não arriscou beliscar o potencial eleitoral dos polícias. E tratou de dizer que “concordava” com a reivindicação que as forças de segurança têm “relativamente a uma injustiça criada por este Governo” e que era “prioritário encetar um processo negocial”. Remataria: “É o meu compromisso.”
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